Em colaboração com Renan Borges e Victor Duarte, essa foi a primeira matéria que pegamos para fazer pro jornal laboratório, cursávamos na época o 2ºperíodo. A idéia na época era fazer uma cobertura dos impactos causados pelo Festival de Jazz que acontece anualmente na Savassi, no mês de Setembro.
E lá fomos nós então, gravador na mão e credencial no peito, entrevistar os lojistas, moradores e frequentadores da região. Chegamos lá no dia anterior ao evento, era uma sexta-feira de sol a pino, e lá fomos nós tentar umas entrevistas, subindo e descendo a Antônio de Albuquerque.
"Essa vai ser fácil", pensamos inocentemente, "é só chegar perguntando o pessoal o que eles acham do evento".
Mal sabíamos o tormento que seria tentar conseguir pessoas dispostas a dar entrevista a três 'panguás' recém saídos do vestibular, com câmera pesada dependurada no pescoço e um jeito incerto de abordagem jornalística. O calvário se seguiu a manhã toda, tomamos "não", "nãos" e mais "NÃOS". A batalha foi árdua mas no final recompensou. Já passavam das 15 horas quando conseguimos apurar um material legal, dependendo da boa vontade de pessoas que, quando se disponibilizavam a falar, não aceitavam sair na foto.
E olha que a pauta nem era das "cabeludas"! Estávamos apenas cobrindo um evento cultural típico da região.
No fim, o trabalho ficou até legal. Eu curti muito a diagramação simples da Mariana Campos, então no 6ºperíodo.
2 anos se passaram, os desafios (e o nosso próprio estilo) agora é outro. Mas as lições que aprendemos nesse dia ainda permanecem:
1. Nunca pergunte a senhoras de certa idade quantos anos ela têm, se essa informação não for relevante à matéria. Elas não constumam receber esse tipo de questão amigavelmente!
2. A não ser que você trabalhe na Globo, credencial de imprensa não é chave-mestra que abre todas as portas!
3. Sempre cheque se a câmera está carregada e ajustada, antes de posicionar o entrevistado para a foto!
4. Gravador é bom, mas ouvir o que o cara está falando enquanto você grava ele é ainda melhor!

Primeira matéria o nervosismo é grande. A gente não tinha a menor ideia de como abordar as pessoas na rua. Mas é assim que todo mundo começa. E tomar os "nãos" que tomamos foi bom pra aprender. Muito legal a experiência!
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ResponderExcluirPassando esses sufocos que se aprende e cresce. Parabéns, a matéria ficou ótima...
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